Compartilhando as coisas boas da vida

Heloise Martins

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Escola da Ponte e Reggio Emília

Quero mostrar aqui um pouco sobre duas experiências de educação que li na Revista Criança números 42 e 43. Sempre que vejo matérias como estas é comum experimentar um sentimento de frustração e impotência. Pois ao compararmos a nossa realidade educacional com o que acontece em outros locais, como a Escola da Ponte em Portugal com seu Projeto Político Pedagógico ou a política de educação adotada em Reggio Emília na Itália, percebo o quanto estamos distantes de um ensino público realmente de qualidade. No entanto, ao conhecer realidades tão distintas da nossa, a pergunta a ser feita é: O que posso aprender com essa experiência? O que posso aproveitar para a mudança de minha prática? Assim, ao invés de apenas lamentar, assume-se uma postura de agir, criar, modificar e, conseqüentemente, aprender.
Escola da Ponte, Vila das Aves, norte de Portugal


“… a compreensão do porquê das coisas é questão primordial, tanto para os professores quanto para as crianças.” SANTA ROSA, 2006
A escola foi erguida em 1932, teve seu Projeto Político Pedagógico (Fazer a Ponte) iniciado em 1976 e, em 2004, assinou um contrato de autonomia com o Ministério de Educação passando a poder selecionar seus profissionais e a avaliá-los todos os anos. Na escola, a idéia de projeto representa um conjunto de princípios e práticas que rompem com o paradigma da escola tradicional. O currículo da escola é fundamentado no oficial de Portugal , no entanto, sua gestão é feita individualmente de acordo com a vida escolar de cada aluno. As crianças são agrupadas em núcleos: Iniciação, Consolidação e Aprofundamento. Outro ponto interessante é o trabalho com grupos de responsabilidade. Tais grupos garantem a gestão cooperativa da Escola, crianças de diferentes idades se misturam em cada um deles. Existem grupos responsáveis pelo jornal, pela organização do recreio, etc.

Leia a matéria na íntegra: Revista Criança, número 42, p.28
Site oficial: Escola da Ponte

Reggio Emília, norte da Itália



“É uma postura investigativa (o registro) que adquire força a partir do confronto entre diversos ponto de vista, com a consciência de que, em educação, o fundamental é assumir a incerteza como parâmetro de referência.” GIACOPINI, 2007

As instituições de educação infantil da cidade têm como princípios indicadores de qualidade a inovação teórica, a experimentação, a documentação, formação continuada e a participação da comunidade na gestão escolar.
Bastante interessante é a idéia de educação participativa. Em Reggio Emília o ano letivo começa em setembro, mas já em janeiro as famílias da cidade recebem da prefeitura informações sobre as escolas e conveniadas para decidirem em qual matricularão seus filhos. De maio a agosto acontecem encontros para a apresentação das escolas e divulgação dos materiais de ensino. E , ao longo do ano, a interação entre a comunidade escolar é intensa fazendo com que todos sejam construtores da experiência educativa.

Leia a matéria na íntegra:
Revista Criança, número 43, p.5
Revista Criança, número 44, p. 30